Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Missão privada com duas pessoas para a Lua em 2018

 (Foto: SpaceX/ Flickr)
OCEO da companhia Space X, Elon Musk, anunciou que planeja enviar uma missão particular para a Lua, em 2018. A viagem que levará duas pessoas ao espaço será a estreia do foguete Falcon Heavy, que ainda não foi testado, mas é uma das apostas tecnológicas da empresa.
Em uma conferência por telefone com jornalistas, Musk explicou que a ideia é fazer um voo de uma semana em volta da Lua, sem pousar em sua superfície. O presidente informou ainda que a espaçonave voará entre 482 mil e 643 mil km no espaço, uma distância maior do que qualquer uma já feita -- a missão Apollo 11, que levou o homem à Lua, em 1969, alcançou 400 mil km.
Musk não quis informar quem são os dois astronautas, nem a quantia que eles pagaram pela viagem. Informou apenas que as pessoas “não são astros de Hollywood” e que o custo é comparável ao valor que a NASA paga para a agência espacial russa, Roscosmos, para enviar astronautas à Estação Espacial Internacional71 milhões de dólares.
Em um anúncio, a Space X informou que outros grupos também estão interessados em fazer a viagem. Se mais nenhuma agência realizar uma missão do tipo até 2018, esta poderá ser a primeira missão tripulada para a Lua, em 45 anos.
RevistaGalileu.

Não é água em Marte?

Cientistas procuram explicação para as misteriosas linhas escuras que aparecem em Marte nas estações quentes

  • 22 março 2017

MarteDireito de imagemNASA/JPL/UNIVERSIDAD DE ARIZONA
Image captionAs linhas escuras registradas na superfície de Marte podem ser avalanches de areia, dizem especialistas da Nasa

Em setembro de 2015, a Nasa anunciou uma descoberta notável: Marte poderia ter correntes de água salgada que deslizavam pelas encostas do "Planeta Vermelho" durante o verão
Tão logo se cogitou que as linhas escuras registradas pelo rover Curiosity em Marte poderiam representar água em estado líquido surgiram especulações sobre a possibilidade de vida microbiana no planeta.
Agora, entretanto, especialistas afirmam que as misteriosas linhas negras podem ser, na verdade, avalanches de areia provocadas pelo efeito da luz solar na superfície marciana.
De acordo com texto publicado esta semana pela revista New Scientist, cientistas afirmam que a atmosfera de Marte não é suficientemente úmida para considerar que a formação de linhas pudesse decorrer da condensação de água.
"Esses fenômenos acontecem nas horas mais quentes onde há temperatura mais elevada. Por isso, uma parte do cérebro diz que deveria ser gelo derretendo", disse Sylvain Piqueux, do laboratório da Nasa na Califórnia (EUA) em entrevista à New Scientist. Mas ele mesmo admite que trata-se de algo pouco provável em Marte. "O problema é que é muito difícil gelo derreter em Marte. É mais fácil que o gelo se transforme diretamente em vapor d'água", assinala Piqueux.
As linhas escuras foram observadas em vários lugares do Planeta Vermelho quando as temperaturas estavam no entorno de -23ºC.
Na ausência de uma explicação que envolva água, Frédéric Schmidt, da Universidade do Sul de Paris, na França, propôs, em parceria com outros pesquisadores, um modelo alternativo, segundo informou a New Scientist.

MarteDireito de imagemNASA
Image captionTeoria das avalanches afasta esperança de se encontrar água ou mesmo vida microbiana no planeta vizinho, pelo menos por enquanto

Frédéric Schmidt defende que pode-se tratar de um processo ligado a variações climáticas sazonais.
Para Schmidt, as avalanches de areia poderiam ser causadas pelo Sol. Segundo esse modelo, quando os raios solares tocam a areia, o calor esquenta a superfície enquanto a parte inferior permanece fria. Essa diferença de temperatura provocaria mudança de pressão do gás em torno das partículas de areia. Esse gás subiria, fazendo com que haja deslocamento de areia e solo provocando, assim, deslizamento nas encostas marcianas.
Se essa teoria for comprovada, ou seja, se for rejeitada a hipótese de que as linhas escuras são "água líquida", desaparece a possibilidade de se encontrar organismos vivos em Marte.
Pelo menos, por agora. BBC-BRASIL

segunda-feira, 20 de março de 2017

Carl Sagan

12 reflexões que vão te introduzir ao pensamento de Carl Sagan




http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2015/03/12-reflexoes-que-vao-te-introduzir-ao-pensamento-de-carl-sagan.html

quinta-feira, 2 de março de 2017

Asteroides "gêmeos" reforça teoria do Planeta Nove

Concepção artística do Planeta Nove: mundo teórico seria pelo menos 10 vezes maior que a Terra (Foto: reprodução)
Um dos assuntos espaciais que mais deu o que falar no ano passado foi o Planeta Nove. Você já deve ter ouvido falar nele: muitos astrônomos estão certos de que um mungo gigantesco, dez vezes mais massivo e quatro vezes maior que a Terra, exista nos confins do Sistema Solar. Mais especificamente, em algum lugar entre 200 e 1.200 vezes a distância da Terra até o Sol (essa distância é chamada de unidade astronômica). Ou seja, ele fica pelo menos sete vezes mais longe que Plutão.
Acontece que até agora ninguém foi capaz de localizar o planeta misterioso, porque ele reflete pouca luz solar. Sua existência só foi inferida graças ao estudo de asteroides cujas órbitas são quase tão longínquas quanto a do Planeta Nove: os chamados objetos transneptunianos extremos (ETNOs, na sigla em inglês). Eles apresentam perturbações orbitais que só podem ser explicadas pela influência gravitacional de um corpo com as dimensões desse mundo gigante.
Astrônomos do Institudo de Astrofísica das Ilhas Canárias (IAC) estudaram dois desses ETNOs, o 2004 VN112 e o 2013 RF98, e chegaram a conclusões interessantes, apresentadas em um artigo  no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. que reforçam ainda mais a tese de que o Planeta Nove realmente está lá. Análises determinaram a composição dos dois corpos e revelaram uma notável semelhança entre ambos.
São tão parecidos que os pesquisadores acham que eles formavam um sistema binário, ou seja, orbitavam um pertinho do outro e tiveram uma origem comum. Mas, em algum momento entre 5 milhões e 10 milhões de anos atrás, o Planeta Nove passou perto dos dois e deu um chega pra lá no par, lançando um para cada canto do espaço.

"Estamos propondo a possibilidade de que anteriormente eles eram um asteroide binário que se desconectaram durante um encontro com um objeto mais massivo", disse em comunicadoa líder da pesquisa, Julia de León. Depois de tanta pista nos dizendo que o P9 existe mesmo, só falta agora algum astrônomo Sherlock Holmes localizá-lo. O consenso na comunidade científica é que ele não conseguirá se esconder por muito mais tempo.

Revista galileu.

quarta-feira, 1 de março de 2017

A Harpa Sagrada

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Cristais do tempo: como os cientistas criaram um novo estado da matéria


Algumas das previsões mais importantes da física teórica, como as ondas gravitacionais de Einstein e o bóson de Higgs, levaram décadas para serem comprovadas em laboratório. Mas, de vez em quando, uma previsão pode se tornar um fato em um tempo incrivelmente pequeno. É o que aconteceu com os “cristais do tempo”, uma nova e estranha forma de matéria que foi teorizada, refutada e finalmente desenvolvida em apenas cinco anos, desde que foi primeiramente prevista em 2012.
Cristais, como o diamante e o quartzo, são compostos por átomos dispostos em um padrão de repetição no espaço. Nestes novos cristais, os átomos também seguem um padrão de repetição, mas no tempo. Por conta desta estranha propriedade, algum dia, cristais do tempo podem encontrar aplicações revolucionárias na tecnologia, assim como a computação quântica.
A história dos cristais do tempo começou em 2012, com o ganhador do prêmio Nobel Frank Wilczek, do MIT. Como físico teórico e matemático, Wilczek desenvolveu um importante passo ao transferir uma propriedade chave dos cristais convencionais — chamada quebra de simetria — para criar a ideia dos cristais do tempo.
Frank Wilczek procurou saber se, da mesma forma que um cristal quebrava a simetria no espaço, seria possível criar um cristal que quebrasse o equivalente da simetria no tempo
Para entender o que é essa tal de quebra de simetria, pense na água em estado líquido. Em uma gota, as moléculas são livres para se mover e podem estar em qualquer lugar. O líquido sempre se parece o mesmo em qualquer direção, o que significa que ele tem um alto grau de simetria. Se a água congela até virar gelo, as moléculas são forçadas (pelas forças de atração) a se rearranjarem em cristais, nos quais as moléculas dispostas em intervalos regulares. Essa regularidade significa que os cristais não são tão simétricos quanto os líquidos, por isso dizemos que a simetria do líquido foi quebrada quando virou gelo. 
A quebra de simetria é um dos conceitos mais complexos da física. Ela está por trás da formação dos cristais, mas também aparece em vários outros processos fundamentais. Por exemplo, o famoso mecanismo de Higgs — que explica como partículas subatômicas adquirem massa — é um processo de quebra de simetria.
Lá em 2012, Wilczek  surgiu com uma ideia tentadora. Ele procurou saber se, da mesma forma que um cristal quebrava a simetria no espaço, seria possível criar um cristal que quebrasse o equivalente da simetria no tempo. Foi a primeira vez que a ideia de um cristal do tempo foi criada teorizada.
Um objeto como este teria uma regularidade de tempo intrínseca, equivalente ao padrão regular de espaço dos cristais. Para um cristal do tempo, o padrão seria uma mudança constante para frente e para trás em uma de suas propriedades físicas, tipo uma batida de coração que se repete para sempre, um pouco como uma máquina de movimento perpétuo.
Máquinas de movimento perpétuo — que são máquinas que podem funcionar indefinidamente sem uma fonte de energia — não são possíveis, segundo as leias da física. Wilczek reconheceu essa parte estranha da teoria dos cristais do tempo e, em 2015, um outro grupo de físicos teóricos mostrou que um cristal de movimento perpétuo, na verdade, poderia ser possível, sim.
Mas esse não é o fim da história. Em 2016, uma nova pesquisa mostrou que cristais do tempo poderiam existir na teoria, mas apenas se houvesse uma força motriz externa. A ideia era que a regularidade do tempo estaria de alguma forma dormente, escondida de nossas vistas, e que acrescentar um pouco de energia iria trazê-la à vida. Isso resolveu o paradoxo do movimento perpétuo, e trouxe nova esperança para a existência dos cristais do tempo.
Então, no verão de 2016, as condições para criar e observar os cristais do tempo foram apresentadas em um artigo, no repositório online arXiv, depois publicado no periódico Physical Review Letters. Os pesquisadores estudaram como uma propriedade especial das partículas, conhecida como spin quântico, poderia ser repetidamente invertida por uma força externa em intervalos regulares. Eles previram que se fizessem isso com um conjunto de partículas produziriam suas próprias oscilações nos spins, criando um cristal do tempo conduzido.
Em questão de meses, dois grupos diferentes aceitaram o desafio de criar cristais do tempo no laboratório. Uma das equipes disparou pulsos de laser em um trem de átomos de itérbio, produzindo oscilações nas propriedades dos átomos em intervalos diferentes dos pulsos. Isso significa que o s átomos de itérbio estavam se comportando como cristais do tempo.
O outro time focou em um sistema completamente diferente, que consistia na impureza de cristais de diamantes. Eles usaram microondas para perturbar as impurezas em intervalos bem definidos, e assim observaram o mesmo tipo de oscilação de cristais do tempo que o primeiro time. Por fim, as ideias de Wilczek se provaram verdadeiras.
Cristais do futuro
A previsão, realização e descoberta dos cristais do tempo abrem um novo caminho na mecânica quântica, com questões sobre as propriedades deste novo estado da matéria e se os cristais do tempo podem ocorrer na natureza.
As propriedades de quebra de simetria de cristais comuns levaram à criação de metamateriais fonônicos e fotônicos, materiais deliberadamente projetados que controlam seletivamente vibrações acústicas e luzes que podem ser usadas para aumentar o desempenho de próteses, ou para aumentar a eficiência dos lasers e fibras óticas. Assim, as propriedades de quebra de simetria dos cristais do tempo provavelmente vão encontrar novas aplicações, como em cronometamateriais para computação quântica, que usa as propriedades inerentes dos átomos para armazenar e processar dados.
A história dos cristais do tempo começou com uma bela ideia de um físico teórico, e agora escreveu seu primeiro capítulo com uma evidência conclusiva em apenas cinco anos. Longe de estar chegando a um fim, parece que a física está mais vida do que nunca.
*Rodrigo Ledesma-Aguilar é professor sênior de física, na Universidade Northumbria. Este artigo foi originalmente publicado em inglês pelo The Conversation.